30 - A Natureza foi Generosa?

Domingo, dia 29 de Junho, foi um dia muito feliz para o apresentador de TV, Gugu Liberato. Ele foi responsável por levar  o SBT até o pico de 17 pontos de audiência. Embora não tenha ultrapassado a Globo que, com Faustão e Fantástico,  ficou com 20 pontos no topo da lista, a rede paulista deixou para trás a Record, que somou apenas 12 pontos.

Mas afinal, o motivo de tantos televisores ligados no Domingo Legal? Ela, a gigante carioca. Elefantinha do funk. A doce, meiga e monstruosa Mulher Melancia. Personagem midiática é personagem cultural, então o Cultube de hoje traz para você, que certamente não estava vendo isso no domingo, a matéria tão triunfal quanto inútil, do Gugu.

Assista e tente descobrir o que leva a nossa sociedade  a tamanho vazio cultural:

Matéria Especial com Mulher Melancia - Domingo Legal - Gugu

29 - A Copa da Mudança

A seleção brasileira de futebol completa, neste domingo, dia 29 de junho, 50 anos desde a primeira conquista da copa do mundo, em 1958, na Suécia. Este momento entrou para história não só do futebol, mas da sociedade brasileira como um todo. A partir deste dia, se tornou mais fácil esquecer o que foi o “maracanazo” na copa de 50, no Brasil, quando perdemos a final para o Uruguai por 2 a 1.

Como foi a participação da seleção canarinho na copa do mundo de 58? O Brasil ficou no grupo quatro, juntamente com União Soviética, Inglaterra e Áustria. Nesta primeira fase, vencemos no primeiro jogo a Áustria por 3 a 0, empatamos o segundo por 0 a 0 com a Inglaterra e vencemos a União Soviética por 2 a 0. Terminando em primeiro lugar na fase de classificação.

Nesta época, os times foram direto para as quartas de final. O Brasil enfrentou o País de Gales e venceu por 1 a 0, com gol de Pelé, que mais tarde seria conhecido como o Rei do futebol. Nas semifinais, sapecamos uma goleada de 5 a 2 na França. Mais uma vez na final, o Brasil teve a chance de fazer o povo esquecer a tragédia que foi a copa de 50 e enfim levantar o caneco.

A grande final foi disputada no Estádio Rasunda, Em Estocolmo. E para um público de mais de 50.000 pessoas, o Brasil levantou o primeiro titulo da história, com uma goleada de 5 a 2 sobre os donos da casa, os suecos.

Confira no vídeo abaixo os gols da partida que marcaram para sempre a história do nosso futebol:

pitaco*

A postagem de hoje é comemorativa. E mais do que isso, é de novidade potencial de competência e boas idéias. O jornalista Bruno Escobar começa, a partir desse abençoado domingo, a escrever semanalmente, sobre esporte. O conteúdo será sempre postado no último dia da semana.

Seja bem-vindo.

28 - "Nesse "tuto" eu sou programa pra rimar"

Uma mente brilhate não pode ser impedida tão pouco pela desigualdade social que nos oprime e nem mesmo por quatro tiros fatais, dado por um assassino sem rosto. Assim morreu o eterno Sabotage, personagem dos mais célebres, dentro do cenário Rap nacional.

Sendo a voz da periferia paulistana, através de rimas bem colocadas e estrofes de denúncia, protesto e reivindicação, Sabotage inicia o vídeo soltando fumaça pela boca e afirmando: "Nesse instituto eu sou programado pra rimar". Seu envolvimento com o tráfico de drogas terminou, segundo ele, graças a Deus, afinal "polícia não intimidava, tapa na orelha só deixava a criança mais nervosa", confessou o compositor em uma entrevista.

Toda a realidade vivida no sub-mundo acaba por dar força aos versos desse renomado rapper. E para entender um pouco mais sobre a vida de Sabotage, ouça a seguir a biográfica música "Cabeça de Nego", que exbanja musicalidade e competência artística.

Confira:

Cabeça de Nego - Sabotage

27 - "A Terra é um palco muito pequeno..."

Nós, seres humanos, temos a eterna mania de enxergar o mundo pela totalidade de nossos próprios umbigos. Muitas vezes achamos que nossos problemas são os maiores do mundo, ou que nossas conquistas cotidianas são interplanetárias. Aprisionados, e olhando para o fundo de uma caverna global, gastamos não mais que seis minutos, com esse vídeo, para entender não quem somos, mas sim onde estamos. “Nós Estamos Aqui: O Pálido Ponto Azul”.

Ou em inglês, “We Are Here: Pale Blue Dot”, é o texto escrito pelo renomado cientista e astrônomo, Carl Sagan, conhecido principalmente por ser o grande divulgador da astronomia. Falecido aos 62 anos, em Seattle, por complicações relativas à uma doença rara na medula óssea, Carl é famoso por ser considerado um cético de marca maior. O pequeno curta-metragem que vamos ver agora é narrado pelo próprio autor.

Não deixe de assistir:

26 - Com Açúcar, Com Afeto

Poucos são os compositores que conseguem acertar a mão na hora de compor com o sexo trocado. Mas afinal, ninguém domina essa capacidade melhor do que o consagrado Chico Buarque de Hollanda, compositor de sucessos imortais na voz de tantas e tantas diferentes intérpretes.

Nesse trecho, retirado da série de DVDs  sobre a vida e obra de Chico, ele comenta a respeito da demanda relativa à canção "Com Açucar, Com Afeto", composta sob medida para a cantora capixaba Nara Leão. No vídeo, um belíssimo dueto com dois dos grandes nomes da Música Popular Brasileira.

Veja: 

Com Açúcar, Com Afeto - Chico Buarque e Nara Leão

 

Letra:

Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê
No caminho da oficina, existe um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Ainda quis me aborrecer, qual o quê
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você

25 - "Eu sou um artista brasileiro. Eu não sou ladrão"

A postagem de hoje é um fragmento de um filme sem grande notoriedade no cenário nacional, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. O longa-metragem Brasília 18% é um drama que conta com a participação de atores como Malu Mader, Othon Bastos e Michel Melamed.

O fragmento a seguir é parte do pronunciamento de Augusto dos Anjos, personagem interpretado por Melamed e peça primordial no desenrolar da história. Uma boa atuação e um ótimo texto.

Confira:

Fragmento do filme "Brasília 18%" - Cena com Michel Melamed

24 – Quem Será Que Peidar?

O cantor e compositor Lobão é conhecido por todos pela sua capacidade de gerar polêmica. Genial em suas composições e com uma biografia de extremo amor pela música, o velho Lobo foi capaz de aprontar mais uma: produziu uma interessante paródia sobre a eterna composição de Chico Buarque de Hollanda e Milton Nascimento, “O Que Será”, música que contém em sua letra, ainda hoje, o vigor do enganjamento político da época em que foi originalmente escrita.

A canção que acabou se chamando “Quem será que Peidar?” é o hino do partido político, também criado pelo músico, o Peidei Mas Não Fui Eu. Em forma de protesto, Lobão andou para cima e para baixo com o nome do partido exposto. A versão é, sem dúvida, uma boa sacada.

Vale a pena conferir:

Quem Será Que Peidar? - Lobão

23 – “Isso é irritante, por exemplo: Ator-cantor”

]Continuando o post 22[

Simples e, de fato, irritante. Em toda passagem de bloco os apresentadores costumam repetir o site onde os expectadores têm a possibilidade da chance de interação. Mas porque repetir sempre? “As pessoas decoram, Fernanda”, avisa Selton enquanto logo em seguida pondera, para insatisfação da apresentadora: “Me irritou de leve”, conclui.

Nessa segunda parte, eles falam sobre relacionamentos e daí pulam direto para manias e nóias, quando Selton diz ter a mania de organização. Trabalho, família e peculiaridades completam a ceia nessa rica e descontraída entrevista.

Vale a pena assisitr:

Irritando Fernanda Young - Selton Mello Parte 02

Essa é a terceira e última parte, porém não menos importante. Selton começa contando uma história engraçada pela qual passou em um restaurante de São Paulo e, logo em seguida, vem a irritante irritação da internauta. Uma apresentação de Dança Flamenca encerra a entrevista.

Confira:

Irritando Fernanda Young - Selton Mello Parte 03

22 - "Meu sonho de consumo agora é Férias!"

Um prato cheio para a descontraida apresentadora de TV, Fernanda Young, é ter seu entrevistado preso na portaria por ter esquecido a carteira identidade. Assim se dá o início do vídeo que vamos assistir hoje: ela anunciando a falta de entrevistado e chamando os comerciais. O ator convidado do Irritando Fernanda Young, programa exibido pelo canal pago, GNT, é o ator Selton Mello.

A forma única de conduzir a estrevista faz do programa algo interessante. Logo no início, Fernanda, na tentativa de irritar Selton, o adjetiva de “bad-boy fofo”, o que não consegue abalar a serenidade do ator. A entrevista fala sobre o início da carreira de Selton, quando ainda ator-mirim e cantor de programas de calouros, passa pelos trabalhos que ambos fizeram juntos e enfim sobre a vida de Selton de forma geral.

Fernanda questiona e alfineta sobre o cinema nacional. E a primeira parte do vídeo termina deixando vontade, sim, pela parte dois.

Assista:

Irritando Fernanda Youg - Selton Mello Parte 01

Continua.

21 – “É uma Célula de Organização Criminosa”

O famoso vídeo da festa do PCC, divulgado pelo Jornal da Band, do Boechat, caiu na internet já há muito tempo. Voltar e rever essas imagens é importante não para relembrar o factual, ou seja, o acontecido em sí, mas sim para forçar um pensamento minimamente filosófico ou diferenciado sobre o que provoca ou qual o motivo provocador de tanto alarde à respeito do tráfico de drogas.

Na cabeça inicial do vídeo, feita pelo âncora, Ricardo Boechat, ele diz que os PMs paulistas ficaram surpresos com as imagens feitas pela produtora contratada pelo próprio PCC. Tamanha ousadia dos bandidos só pode ser encarada como uma falência total do estado. Mas alguém sabe medir até que ponto o estado é falho?

O então prefeito da cidade de Diadema, José de Filippi Jr, aparece na matéria com semblante hilário, dizendo o que sempre se diz. “Radicalizar na presença da polícia e no serviço de inteligência”, adianta? Em outro ponto, o comandante da festa dilata os olhos da população a respeito da intimidade que a comunidade mantem em relação aos traficantes, em detrimento ao Estado, ou seja, do investimento público. Alguém nega?

O governador José Serra também ficou indgnado. “Agora, sem dúvida, uma festa macabra do final de 2005”, falou ele, o que todos precisavam ouvir, não é mesmo? A matéria se encerra, enfim, mas e você o que pensa sobre o assunto?

Veja:

***O vídeo foi postado de forma equivocada, no primeiro momento. A versão correta já está devidamente publicada.

20 – E agora, José?

A já tão conhecida poesia de Carlos Drummond de Andrade ganha um sublinhado bastante sutil e interessante, com essa produção feita por Victor Ricardo. Segundo o próprio autor, a “animação experimental” foi produzida para a 5º Mostra de Cinema Competitivo da AmaZônia. As fotos utilizadas na montagem são originais de Harry Cutting.

“E Agora, José?” é um texto dos mais comentados e parodiados de Drummond. Perdendo apenas, talvez, para “A Pedra no Meio do Caminho” e ganhando, talvez, de “Ciranda”. A verdade é que ouvir o questionamento de Drummond sobre o futuro próximo de seu personagem é tão pontual quanto a famosa pedra no caminho. O poeta mineiro soube como ninguém observar a dúvida, o silêncio e enfim, a natureza humana diante do célebre e eterno: E agora?

Confira o vídeo com a narração do próprio autor:

E Agora, José? - Carlos Drummond de Andrade

19 - Ilha das Flores

Esse curta metragem dirigido por Jorge Furtado é de extrema relevância. Costumo descrever seu impacto como o de um soco. Divertido feito um tapa, e ao mesmo tempo ácido e corrosivo como a própria vergonha humana diante da façanha nossa.

Os simples dez minutos de filme contêm informações até demais, e os minutos gastos para a compreensão do vídeo, com certeza ultrapassam seu tempo de exibição.

Para se assistir mais de uma vez:

Ilha das Flores - Jorge Furtado

18 - "Sair do laboratório e juntar com a rapaziada"

Entrevistas mediadas por Marília Gabriela costumam manter um padrão de excelência. Por muita habilidade em suas produções, os convidados sempre são dos melhores possíveis e o jeito sério-descontraído da apresentadora já é marca registrada de originalidade e bom trabalho.

Nesta conversa com a eterna Elis Regina, Marília conta com uma participação pra lá de especial: Maria Rita, pequenininha, tímida e curiosa. O papo ruma o caminho da ecologia numa meditação muito à frente dos remotos anos de 1980, quando. Elis e seus olhos pequenos mostram, nesse vídeo, enxergar além do que se via.

O programa foi exibido pela TV Mulher. Após Vinte e oito anos da exibição original, é bom ainda poder ver e rever essa valiosa conversa de apenas quatro minutos. Confira:

Elis Regina entrevistada por Marília Gabriela

17 - "Educação e Cultura. Educação e Cultura. Educação e Cultura"

O curriculo de Michel Melamed certamente não cabe em uma única página. Poeta, ator, escritor, roteirista de teatro e tv, além de apresentador do conhecido Recorte Cultural, Micheal, aos 32 anos, já apresenta em sua biografia uma contribuição marcante à cultura brasileira. Seja através de sua triologia teatral, a qual se refere na entrevista a seguir, ou por aquele que é, segundo ele mesmo, seu ofício principal: o da poesia.

A entrevista excluisva é concedida à Marieta Cazarré, da UnBTV. Durante o bate papo descontraido, com direito a berros de espontaneidade ou não, Michel é convidado a falar sobre arte, educação e política. Apesar dos closes muitos fechados e uma edição de imagem não muito feliz, o material se salva pelo esforço da apresentadora e a inteligência do entrevistado.

Confira:

16 - Troco Cigarros por Boquete e Amor

O curta metragem que será postado hoje costuma dividir opiniões. O filme foi feito com evidente escassez de recursos e sob medida para o Festival do Minuto, onde foi inscrito na categoria Sexo. Dentre os adjetivos usados pelos expectadores, estão: Engraçado, ridículo, curioso, insano, interessante e até mesmo "trash", o que não dá para identificar se é algo bom ou ruim.

Mas afinal, dar lógica e sentido a um filme que, necessariamente, tem que ter apenas um minuto não é nada lá muito simples. E, além disso, creio que a fotografia não tenha sido de se jogar fora.

Assista e dê sua opinião sobre o Curta "Troco Cigarros Por Boquete e Amor":

15 - "Educate Your Parents"

Este vídeo é um ótimo exemplo de que criatividade e genialidade, juntas, dão resultado. O princípio ativo do comercial feito para a banda alternativa chamada "The Bastard Fairies" é uma menina de apenas oito anos de idade que interpreta, em vários cortes, um texto sobre ateísmo.

Ela começa citando o famoso programa de TV americano The Oprah Winfrey Show, e contesta a opinião do ator Bill O'Relly a respeito da infância moderna. Segundo ela, o ator estadunidense compartilha a opinião de que a violência de hoje em dia provem das crianças, com seus video-games e opções musicais. O texto é muito bem feito e a atuação da menina é impecável. Vale a pena.

Assista:

14 - Mundo da Fotografia com Jorge Rosenberg

Renomado fotógrafo do meio artístico, Jorge Rosenberg é o convidado do excelente programa de TV Mundo da Fotografia. Produzido pela Giros, produtora especializada em Televisão, o programa tem o intuito de promover sempre boas entrevistas, somando o recurso visual fotográfico de cada profissional à edição final do produto.

Jorge Rosenberg fotografa show e eventos culturais ligados a música desde os anos 70. Tendo em seu portifólio grande contribuição na história musical nacional e internacional, Rosenberg tem,  através desse vídeo, além de um grande registro, uma valiosa aula de fotografia.

 A equipe de cinegrafistas acompanhou o trabalho de Jorge durante o show da banda Skank. As imagens do ofício prático da fotografia, intercaladas com os flashes das entrevistas com o fotógrafo,  fazem desse vídeo um material bastante atraente.

Não deixe de assistir:

13 – "Ninguém é Cidadão"

Letra e melodia impecáveis, Haiti é o que se pode chamar uma grande música. Lançada em 1993, no disco Tropicália 2 de Caetano Velloso e Gilberto Gil, a crítica ácida contida em seus versos poderiam ter sido escritos ontem. Numa analogia simples entre nosso país e o também latino-americano, Haiti, Caetano e Gil apertam todas nossas feridas oriundas de desigualdades e preconceitos.

O Haiti foi o primeiro país da América Latina a conquistar sua independência, mas como o pioneirismo não significa absolutamente nada, hoje o país sofre com uma economia completamente destruída, sendo assim o mais pobre do ocidente. A expectativa de vida lá não ultrapassa os 51 anos e a renda per capita é estimada em aproximadamente um terço ao da favela da Rocinha. De acordo com Caetano e Gil, o Haiti é aqui, embora, ao mesmo tempo, não o seja. Será?

Confira na voz e violão dos dois Gênios da nossa música:

opinião*

"Essa letra é uma radiografia da América Latina e a brutalidade das sociedades construídas por meio do ideário racista. Ainda hoje carregamos as marcas dessa realidade que muitos tentam camuflar, mas a história e a situação em que vivem a maioria da população negra e parda estão aí pra nos lembrar o quanto falta para construírmos uma sociedade justa e solidária. Caetano e Gil orgulham a nós brasileiros pela contibuição a arte e exemplo de cidadania."

Avabeart, usuária do YouTube que deixou lá esse valioso comentário. Inauguro aqui um espaço reservado aos valiosos comentários e colaborações. Serão publicados alguns aqui, na coluna opinião.

12 - Enquete: Qual a melhor versão para o Hino?

Nascido em 1922, primeiramente executado em 1923, o Hino Nacional é um símbolo sagrado de nossa pátria. A canção tem letra assinada por Joaquim Osório Duque Estrada e música composta por Francisco Manuel da Silva.

Todos nós conhecemos sua levada e ritmo, além dos versos da poesia mais patriota aqui já escrita. Imortal não só na voz de Fafá de Belém, que incluiu a música em um dos seus Lps, o Hino é uma canção utilizada para diversos fins. O post de hoje traz duas diferentes e históricas versões e pergunta, através da enquete: Qual a melhor?

O primeiro vídeo é de Lobão e sua guitarra distorcida, do ano de  1987, protestando através do Hino, diante de um Canecão lotado que aplaudiu e foi ao delírio no verso final: "Dos filhos desse solo és mãe gentil. Pátria amada, Brasil". Confira o primeiro concorrente:

Já o segundo vídeo conta com a presença de um grande mestre da música da música popular brasileira, que nos prestigiou com o registro autêntico de uma execução cheia de emoção e bossa. Jards Macalé, cantor e compositor carioca, abusou de toda sua perícia musical no programa de televisão da Tv Educativa, do Rio de Janeiro, em 1985.

Veja abaixo:   

E então? Gozando de libertade para o julgamento, escolha seu melhor quesito e participe da Enquete. Para descontrarir, você ainda encontra AQUI um vídeo do programa de TV Ídolos onde os participantes são submetidos a um teste e a eles é solicitada a capela do Hino Nacional. O resultado? Um desastre com direito a "E o céu da liberdade em raios frígidos" e "Entroseio, ó liberdade, renasci com nosso prepo a nossa morte".

Muito obrigado pelas visitas e comentários.

Abraço a todos.

11 - "Eu não sou uma data"

Ferreira Gullar é um poeta maranhense, eterno pelo mérito de Poema Sujo e tantos mais. Nesse vídeo ele recita um texto de apenas um minuto, chamado Vida. Nome genérico e amplo porque os versos se propõem a descrever a vastidão da vida em si. Corpo? Fogo? Nome? " O corpo esmerilhado do tempo: câncer, vento, laranjal".

Pitaco.

O editor do vídeo simples não assinou o trabalho. Mas o parabenizo. Não pelas fotos, mas por ter resgatado esse áudio. Para se ter noção do privilégio que temos pela tecnologia basta pensar se, sem ela, seria possível ouvir a voz de Gullar recitando um próprio texto. Parece bobagem, mas poetas não aparecem na TV.

Então seria preciso dar a sorte de participar de algum seminário, curso, palestra ou festival que contasse com a presença dele. Se o leitor não for estudante de Letras, dificultou. Ainda que possamos considerar o CD, quem compra disco de poesia recitada? Pouca gente.  Mas enfim, hoje em dia a gente pode ouvir nossos poetas em qualquer lugar.

De que isso importa? Ok. Por mais que um jovem qualquer odeie poesia, aposto que ele teria a curiosidade de ouvir Gonçalves Dias recitar a Canção do Exílio - texto que leu por obrigação mil vezes no pré-vestibular. E se ele não tiver interesse, um outro jovem qualquer terá. Na nossa idade escolar, ninguém ouviu Golçalves Dias. Nossos filhos - se forem curiosos - serão ou não privilegiados?  

10 – "Eu não sou homem, sou jornalista"

Jorge Kajuru é um polêmico apresentador de programa jornalístico que, impetuoso, costuma falar o que quer. O que ele não imaginava, ao chamar de covarde o boxeador Marinho, é que logo em seguida ouviria, ao vivo e em rede nacional, o que não está lá muito acostumado a ouvir, ou ver.

“Não entender de boxe tudo bem, mas isso é burrice”, contestou Marinho após as afirmativas bravas e indelicadas de Kajuru. O que entra em discussão é a tamanha falta de pudor do jornalista em verdadeiramente esculachar o profissional do esporte. Outra forma de demonstrar o descontentamento certamente findaria em outro tipo de debate que não esse, onde a ignorância falou mais alto que a própria ignorância.

O que rolou nesse acalorado bate-boca você encontra aqui. Veja:

09 - A saga de Castanha e Caju contra o Encouraçado Titanic

O viés humorístico foi fundamental para garantir o sucesso da dupla pernambucana Caju e Castanha, mas não só de riso viverá o repente. Aliados fialmente ao pandeiro, instrumento característico do estilo musical chamado Embolada, esses dois artistas vagam pela base imutável arriscando versos velozes e cheios de gozação. Nesse pequeno curta-metragem de aproximadamente seis minutos, a temática apresentada é simples, porém subjetiva: “Vamos minha gente afundar o Titanic, que ele ganhou dinheiro de tanto fazer trambique”.

Assinado por nada mais nada menos que Daniela Thomas e Walter Salles, o filme é uma produção da VideoFilmes, datado pelo ano de 2002. As fotografias finais com locação, inclusive, em frente ao New York Shopping, são excelentes. Fazendo com que a imagem cinematográfica se utilize de sua linguagem fundamental para falar, mesmo sem palavras.

Confira:

08 - Legião Urbana no Jô

A banda foi ao antigo programa Jô Soares Onze e Meia para falar sobre o lançamento do CD Descobrimento do Brasil. Mas pra que roteiros e divulgações? Numa das triviais perguntas iniciais,  Renato Russo responde enveredado  para o caminho da auto-exposição em relação ao seu problema com o álcool. 

Para os fãs, só de o ver falar, vale a pena. A frase de maior impacto: "Eu estava seguindo o caminho do Kurt Cobain".

Assista:

07 - Quem Explica?

Todo mundo já viu o músico e compositor Rodrigo Amarante mal-tratar repórteres por aí.  As opiniões sempre se dividem: uns vibram com a inteligência inegável do carioca integrante da eterna Los Hermanos, enquanto outros juram ser ridícula a  sua pseudo-intelectualidade arrogante.

  

Em seu vídeo mais famoso, Rodrigo faz um discurso enorme sobre o funcionamento da impresa brasileira, quando questionado sobre a música Ana Júlia. E, com sinceridade, diz que o repórter "leu puco" na hora de pesquisar sobre a banda.  Mas não é desse clichê que vamos nos aproveitar para viajar pelas masmorras do destino.

  

Em sua opinião, sortes e azares permeiam o meio artístico? Ou melhor, é possível explicar o fracasso de um ou o sucesso de outro? O que levar em conta para julgar? Pois então, perguntaram ao Amarante, após apresentação da Orquestra Imperial: Você saberia explicar o sucesso da Orquestra?

  

Mais pra lá do que pra cá, Amarante brinca de retórica. Confira a sonora do progama de rádio Made in Brazil, produzido por alunos do sexto período de jornalismo da Uni-BH:

E então: quem é capaz de explicar o sucesso do que quer que for? Ainda mais em tempos de internet, não é mesmo? Numa época em que cada vez mais a democratização dos meios e suportes torna-se realidade, o êxito parece enigmático e obviamente, imprevisível.

  

E por falar em sucesso, que tal ser ouvido por duzentas e cinquenta mil pessoas, através da Internet?  Pois é, alguém conhece uma menina de quinze anos chamada Mallu Magalhães?  Em participação no programa Altas Horas, ela deixou o Zeca Pagodinho de queixo caído, além de cativar todos os outros expectadores.

  

Assistam o vídeo e digam vocês se vale mesmo a pena tentar arriscar algum tipo de teoria do sucesso:

 

Grande abraço a todos e um bom início de semana!